A Educação de Jovens e Adultos (EJA) vive um novo capítulo impulsionado pela digitalização e pelo avanço de políticas públicas voltadas à inclusão educacional. Sergio Bento de Araujo, empresário especialista em educação, reforça a relevância da tecnologia como ferramenta capaz de ampliar oportunidades, reduzir desigualdades e garantir que estudantes em trajetórias interrompidas possam retomar seus estudos.
A modernização da EJA envolve mais do que disponibilizar conteúdos online. Ela exige políticas públicas que assegurem conectividade, formação docente, ambientes virtuais acessíveis e modelos flexíveis que respeitem a rotina de trabalhadores, pais, cuidadores e pessoas com jornadas complexas.
A seguir, conheça as implementações das inovações no meio da EJA e sua importância!
Os desafios históricos da EJA e a necessidade de inovação
A EJA sempre enfrentou índices elevados de evasão e dificuldades estruturais. Muitos estudantes conciliam trabalho exaustivo, responsabilidades familiares e deslocamentos longos, tornando a permanência um desafio constante. A ausência de políticas robustas de acolhimento e metodologias flexíveis aumentou a distância entre a escola e esses públicos. A digitalização surge como resposta a esses obstáculos, permitindo que a aprendizagem ultrapasse barreiras físicas e se adapte a diferentes ritmos de vida.
Essa necessidade de inovação vai além da infraestrutura tecnológica. É preciso repensar práticas pedagógicas, ampliar o uso de metodologias ativas, adequar avaliações e garantir que o ambiente virtual seja tão acolhedor quanto o presencial. Como elucida Sergio Bento de Araujo, a transformação da EJA depende tanto de tecnologia quanto de empatia e compreensão das histórias individuais dos estudantes.
Políticas públicas como motor da inclusão digital
A EJA digital só se torna possível quando políticas públicas asseguram condições concretas de acesso. Conectividade, equipamentos, plataformas intuitivas e formação contínua de professores são pilares que precisam ser articulados pelos gestores educacionais. Programas governamentais direcionados à inclusão tecnológica, expansão da banda larga e distribuição de dispositivos têm sido fundamentais para reduzir desigualdades.
Junto a isso, Sergio Bento de Araujo frisa que políticas de financiamento educacional permitem que redes municipais e estaduais implementem ambientes virtuais de aprendizagem, ampliem parcerias com instituições tecnológicas e desenvolvam currículos específicos para a EJA digital. Essas políticas funcionam como uma ponte entre o estudante e o conhecimento, garantindo equidade e permanência.
Ambientes virtuais acessíveis e aprendizagem significativa
A digitalização da EJA precisa considerar acessibilidade, linguagem clara e navegação intuitiva. Ambientes bem estruturados, com menus objetivos, recursos visuais e opções de personalização, facilitam a jornada do estudante. Além disso, a disponibilização de videoaulas, podcasts, textos simplificados, fóruns de interação e espaços de tira-dúvidas fortalece a autonomia do estudante.

Essas ferramentas permitem que cada pessoa aprenda no próprio ritmo, retome conteúdos quando necessário e avance conforme sua disponibilidade. Conforme observa o empresário Sergio Bento de Araujo, a flexibilidade é um dos maiores diferenciais da EJA digital, pois respeita a diversidade de trajetórias e necessidades específicas dos estudantes.
Formação docente para o ensino híbrido e digital
Nenhuma tecnologia se sustenta sem profissionais bem preparados. Professores da EJA precisam de formação contínua para utilizar diferentes plataformas, mediar interações online, avaliar de maneira justa e promover engajamento em ambientes virtuais. Esse processo exige investimento governamental e institucional, além de apoio técnico constante.
A capacitação docente aumenta a qualidade do ensino e fortalece o vínculo com o estudante, reduzindo a evasão e ampliando a permanência. Professores preparados são essenciais para garantir que a tecnologia seja usada de forma eficaz e de qualidade, como menciona Sergio Bento de Araujo.
Flexibilidade como estratégia para reduzir evasão
A EJA digital permite que alunos estudem em horários alternativos, organizem suas rotinas e conciliem obrigações pessoais com a escola. Essa flexibilidade reduz barreiras históricas e oferece uma jornada educacional mais inclusiva. Muitos estudantes conseguem acompanhar as atividades no intervalo do trabalho, à noite ou nos finais de semana, sem precisar enfrentar deslocamentos longos.
A flexibilidade também permite modelos híbridos, combinando encontros presenciais com atividades online. Essa diversidade de formatos fortalece a permanência e atende diferentes perfis de estudantes, desde jovens que retornam à escola até adultos que buscam completar o ensino fundamental ou médio.
A permanência como prioridade na EJA digital
Garantir que os estudantes permaneçam é tão importante quanto garantir o acesso inicial, como pontua Sergio Bento de Araujo. Avaliações contínuas, acompanhamento individualizado, tutoria e comunicação ativa são estratégias que fortalecem a permanência. Quando o estudante se sente acompanhado e valorizado, as chances de concluir a trajetória aumentam significativamente. A permanência depende de vínculos afetivos, metodologias adequadas e políticas institucionais que acolham a diversidade de histórias presentes na EJA.
A EJA digital representa uma oportunidade histórica para ampliar o acesso à educação e promover justiça social. Com políticas públicas bem estruturadas, ambientes virtuais acessíveis, formação docente e metodologias flexíveis, é possível construir caminhos educacionais sólidos e transformadores. Investir na EJA digital é investir em pessoas, trajetórias e futuros que ainda podem ser reinventados.
Autor: Arkady Ivanov
